19/01/2006
Por Natália Suzuki – Carta Maior
Apesar do aumento da área de cultivo de transgênicos em 2005, a batalha ainda não foi vencida pelas empresas de biotecnologia. Em todo o mundo, também cresce a rejeição de consumidores e grandes empresas do setor alimentício a produtos geneticamente modificados.
São Paulo – Relatório do Serviço Internacional para a Aquisição de Aplicações Agrobiotecnológicas, conhecido como ISAAA na sigla em inglês, aponta o crescimento do cultivo de transgênicos no mundo entre 2004 e 2005, quando atingiu uma área de 90 milhões de hectares. O maior avanço ocorreu no Brasil. Apenas o plantio de soja geneticamente modificada cresceu 88% (de 5 milhões de hectares para 9,4 milhões de hectares), o que dá ao país o terceiro lugar em quantidade de lavouras desse tipos, atrás dos Estados Unidos e da Argentina. Mas se o avanço das lavouras transgênicas é uma realidade, também é verdade que o movimento de recusa a alimentos geneticamente modificados cresceu nos últimos anos.
"Se fizermos um cruzamento de dados, haverá uma grande contradição: há uma expansão da área cultivada e, por outro lado, há o aumento da rejeição dos consumidores aos transgênicos", observa Gabriel Fernandes, assessor técnico e agrônomo da Assessoria e Serviços a Projetos em Agricultura Alternativa (AS-PTA).
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