março 20, 2006

Cisternas para água da chuva beneficiaram 440 mil no Semi-Árido

Rio, 18/03/2006 da Agencia brasil
Cerca de 440 mil moradores de áreas rurais do Semi-Árido brasileiro foram beneficiadas com a construção de cisternas com placas de cimento para armazenar água da chuva, utilizada em períodos de seca.

Até o dia 31 de janeiro deste ano, ficaram prontas 88 mil cisternas, pelos cálculos do diretor do departamento de gestão integrada de Políticas da Secretaria Nacional de Segurança Alimentar e Nutricional do Ministério do Desenvolvimento Social e Combate à Fome (MDS), Luiz Anselmo Pereira de Souza.

As áreas de Semi-Árido se localizam nos estados do Piauí, Paraíba, Ceará, Rio Grande do Norte, Alagoas, Pernambuco, Sergipe, Bahia e no Vale do Jequitinhonha.

"No Nordeste chove bem em apenas um curto período de tempo. A melhor forma de conviver com esta situação é saber aproveitar os momentos", disse o diretor do MDS, em entrevista ao programa .Notícias da Manhã, da Rádio Nacional.

Souza esclareceu que cada cisterna tem a capacidade de armazenar 16 mil litros de água, quantidade suficiente para garantir o consumo de uma família de até sete pessoas por um período de oito meses.

Para construir as cisternas, o Programa Fome Zero estabelece parcerias com organizações da sociedade civil, como a Articulação do Semi-Árido (Asa), envolvendo cerca de 800 organizações não-governamentais, sindicatos de trabalhadores rurais e dioceses em todo o Nordeste e em Minas Gerais. O trabalho também inclui parcerias com alguns municípios.

A grande vantagem do programa seria envolvimento das pessoas beneficiadas durante o processo de construção das cisternas, que começa com a escolha das famílias. Têm prioridade famílias com mulheres à frente do sustento, crianças em idade escolar e renda inferior a meio salário mínimo.

Por Cristina Índio do Brasil

EcoDebate, www.ecodebate.com.br, 20/03/2006

Nota do EcoDebate

O apoio do MDS ao P1MC - "Programa 1 milhão de Cisternas" tem sido de fundamental importância, tendo em vista que, no semi-árido, fome e sede são indissociáveis.

Se não fossem os seguidos contingenciamentos de recursos orçamentários o programa já teria atingido um numero significativamente maior. De qualquer forma, é um apoio importante e deve ser reconhecido.

Recomendamos aos leitores que acessem o sítio da ASA, Articulação no Semi-Árido Brasileiro, http://www.asabrasil.org.br/, para que melhor conheçam a iniciativa e a importância de programas de convivência com a seca no semi-árido.

Henrique Cortez, henriquecortez@ecodebate.com.br
Coordenador do EcoDebate

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