Dilma defende a adoção de critérios de legalidade para análise do crédito rural
“Eu já disse para este pessoal do agronegócio: um dia destes, com estes problemas ambientais e sociais, vamos sofrer retaliações lá na OMC. Não adianta querer gastar menos. Ao fazer as coisas atabalhoadas depois se gasta mais”. Estas são afirmações do presidente Lula, em reunião com representantes do Fórum Brasileiro de ONGs e Movimentos Sociais (FBOMS) e as ministras Dilma Roussef e Marina Silva, ontem à tarde no Palácio do Planalto.
O encontro dos ambientalistas com Lula ocorreu devido à assinatura dos decretos de criação de sete novas unidades de conservação na região da BR-163. Os ambientalistas se queixavam da atuação dos ministérios dos Transportes, das Minas e Energia e da Agricultura no Grupo Interministerial de Combate ao Desmatamento na Amazônia. Foram levantados diversos problemas relacionados ao desempenho dos ministérios na efetivação do plano. E também houve críticas à atuação dos empresários do agronegócio, momento no qual o presidente deu sua declaração sobre o risco de retaliações na OMC devido aos passivos sociais e ambientais do setor.
A ministra Dilma fez um aparte, colocando que seria viável avançar em uma regulamentação do setor financeiro, possivelmente pelo Conselho Monetário Nacional, para vincular o crédito agrícola ao respeito da legalidade do ponto de vista ambiental e social. Desta forma, os bancos públicos e privados avaliariam os passivos socioambientais dos empreendimentos antes de aprovar o crédito.
Esta foi a primeira vez em seu mandato que o presidente Lula recebeu em reunião representantes do movimento ambientalista e do FBOMS.
fevereiro 17, 2006
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