fevereiro 14, 2006

Efeito estufa pode estar em ponto crítico

Um ponto crítico para o aquecimento global, no qual as mudanças climáticas já colocariam em sério risco os ecossistemas e a vida das pessoas na Terra, já pode ter sido ultrapassado, sugere uma pesquisa encomendada pelo jornal "Independent". A concentração de gases causadores do efeito estufa já estaria acima do limite além do qual alterações climáticas perigosas seriam inevitáveis.

Segundo um relatório recente preparado por cientistas para o governo britânico, batizado de "Evitando Mudanças Climáticas Perigosas", o acúmulo de gases causadores do efeito estufa, como o gás carbônico, não deveria ultrapassar a concentração de 400 ppm (partes por milhão) na atmosfera. Acima desse limite, haveria uma "probabilidade relativamente alta" de que esses gases, os quais retêm o calor da Terra como um cobertor, levassem a um aumento médio da temperatura global em torno de 2C.

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"Ultrapassar esse limite tem um significado enorme", disse Tom Burke, ex-assessor do governo britânico para temas ambientais e professor-visitante do Imperial College, em Londres. "Significa que entramos numa nova era, a era da mudança climática perigosa. Nossos filhos não podem mais contar com um clima seguro."

Dennis Tirpak, climatologista americano que coordenou a conferência no Reino Unido, foi ainda mais direto. "Isso quer dizer que vamos chegar a 2C."

Tom Burke acrescentou: "Temos muito pouco tempo para agir agora. Os governos têm de parar de falar e começar a gastar. Já temos a tecnologia que nos permitirá satisfazer nossa necessidade crescente de energia e manter, ao mesmo tempo, o clima estável. Fazer isso vai nos custar menos que a guerra no Iraque -portanto, sabemos que é possível arcar com esse tipo de despesa".

As evidências de que a Terra tem vivido um período quente sem precedentes, provavelmente causado pelos gases-estufa emitidos na queima de combustíveis, acumulam-se cada vez mais. Nesta semana, um estudo na revista "Science" mostrou que o hemisfério Norte vive seu período mais quente nos últimos 1.200 anos.

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